Até um dia desses éramos uma sociedade de seres das cavernas, tínhamos o corpo coberto de pelugem, não conhecíamos o fogo e não andávamos sobre duas pernas. O tempo passou, dominamos a pedra lascada, o ferro, a escrita. E dominamos, sobretudo, uns aos outros: construímos armas de destruição em massa, dividimos e redividimos o planeta ao longo de guerras quentes e frias. Passeamos na lua, afundamos o Titanic, inventamos a coca-cola, o engarrafamento, o aquecimento global, o stress, o computador.
Criamos ferramentas que nos levam à conquista de um espaço que, fisicamente, sequer existe, mas é capaz de salvar ou arruinar milhões de vidas. Enfim, chegamos a uma nova configuração de sociedade, a qual ainda nem conhecemos muito bem. Precisamos discuti-la, analisá-la, criticá-la, democratizá-la. Precisamos agir!
“Vivemos no mundo da Técnica como os antigos viviam no mundo mágico. Não o entendemos. Mas é precisamente o retorno a um certo mundo de Titãs que permite uma espécie de crença na salvação da humanidade pela técnica (...) Ora, o problema fundamental está em perceber se existe uma forma de humanizar a técnica e tecnicizar o homem sem anular, pura e simplesmente, a humanidade”*.
*Maria Irene Aparício,
professora Doutora do programa de Mestrado Interdisciplinar em Educação, Administração e Comunicação da Universidade São Marcos.
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
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