domingo, 29 de março de 2009

Por uma comunicação crítica

“Nunca vai existir um currículo ideal, porque nós somos dinâmicos, a vida é dinâmica, a comunicação é dinâmica. O currículo não pode mudar a cada nova tecnologia que é introduzida no mercado. O que nós temos que fazer é trabalhar com conteúdos que acompanhem essas mudanças”. A frase é da doutora em Comunicação Social e professora da Facom UFPA Maria Ataíde Malcher. Ataíde integrou a mesa redonda “Qualidade da formação em Comunicação na Sociedade Digital”, juntamente com o estudante Felipe Melo, membro da Regional Norte da Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social (Enecos). A mesa foi parte do 3º Pré-Erecom, realizado sábado (28) no Memorial dos Povos.
Durante sua fala, Ataíde interagiu com o público, a maioria estudantes na faixa etária entre 18 e 25 anos. Para a professora, a atual geração tem uma grande arma a seu favor: a facilidade de acesso à informação; e um grande defeito: a falta de comprometimento. Dirigindo-se à platéia, ela perguntou quem tinha conhecimento sobre a comissão de especialistas que está revendo as diretrizes curriculares do curso de jornalismo. Dentre as quase 200 pessoas, apenas 7 levantaram a mão.
Felipe Melo e Maria Ataíde são contrários à separação entre a habilitação jornalismo e o curso de Comunicação Social. A Enecos critica a própria formação da comissão, que não agregou nenhuma entidade estudantil.
“A gente acha que esse método é equivocado, uma comissão de especialistas que, durante apenas 3 meses, vai debater mudanças que vão afetar todos os estudantes de Comunicação do país”. Felipe manifestou o apoio da Executiva às atividades de pesquisa e extensão no ensino superior. Para ele, mais do que aprender a manusear um microfone, um estudante deve entender a comunicação como um direito humano e ser crítico em relação ao papel do comunicador na sociedade.

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